Além da música, Roberto Carlos sempre cultivou um amor declarado pelo automobilismo. Desde jovem, o cantor coleciona modelos clássicos e esportivos que marcaram épocas, muitos deles eternizados em suas canções. Sua relação com os automóveis vai além do simples prazer de dirigir: é uma extensão de sua personalidade e de sua carreira artística.
por The Garage
Fundador The Garage
Paixão que acelera a lenda
A afinidade de Roberto Carlos com o universo automotivo se tornou, portanto, uma linha condutora de sua vida. Desde os tempos da Jovem Guarda, essa paixão não apenas apareceu em suas músicas, mas também se estendeu às incursões pelo cinema e, além disso, às amizades com ícones do automobilismo. Assim, o carro deixou de ser apenas um meio de transporte e passou a ser símbolo de liberdade e rebeldia, desempenhando papel essencial no imaginário que embalou toda uma geração de jovens ao volante.

1967 Jaguar E-Type: presenteado e aprisionado
Entre as histórias mais marcantes da coleção, está a do 1967 Jaguar E-Type vermelho, presente dado por Michael Dann, presidente da gravadora CBS. O carro desembarcou no Porto de Santos vindo de Londres, mas foi imediatamente apreendido pela alfândega.
O que deveria ser um momento de celebração transformou-se em um calvário de nove meses. Roberto viajou mais de dez vezes a Santos, tentando liberar o veículo. Chegou até a propor a criação de uma lei especial, mas sem sucesso. A liberação só ocorreu em 7 de maio de 1968, quando finalmente o Rei pôde assumir o volante de seu sonhado Jaguar.

Audi R8 Spyder: a vanguarda alemã
Em 2010, Roberto Carlos comprou o primeiro Audi R8 Spyder do Brasil. O modelo nasceu da pista: deriva do R8 de competição, vencedor de cinco edições das 24 Horas de Le Mans. Com motor V10 5.2 litros de 525 cv, acelera de 0 a 100 km/h em 4,1 segundos e chega a 313 km/h. Além disso, combina tração integral quattro e câmbio automatizado de seis marchas, o que garante estabilidade e desempenho.
Na coleção do Rei, o conversível divide espaço com outros Audi, como o RS5 azul. Assim, Roberto mostra que aprecia tanto a tradição quanto a inovação. O R8 Spyder se tornou um símbolo moderno de sua garagem e representa bem a excelência da engenharia alemã.

Do Calhambeque à realidade
Inspirado pela música “O Calhambeque” (1964), Roberto Carlos adquiriu 1933 Chevrolet Coupé, restaurado pelo amigo Emerson Fittipaldi. O carro, símbolo dos hot rods americanos, traz motor seis cilindros em linha com câmbio manual de três marchas e tração traseira, refletindo fielmente o espírito automotivo da década de 1930.
Mais do que potência, o modelo se tornou parte do imaginário coletivo ao ser exibido em shows e programas de TV, reforçando a conexão entre música e automóvel. Com sua carroceria clássica, para-lamas largos e faróis arredondados, o Calhambeque se transformou em um dos maiores ícones da coleção de Roberto Carlos.

1965 Chrysler Imperial: luxo sob o sol de Miami
O 1965 Chrysler Imperial traduz a grandiosidade dos carros americanos da época. Mede 5,7 metros de comprimento e traz itens de luxo, como direção hidráulica, vidros elétricos e bancos ajustáveis. Já o motor V8 6.8 litros de 340 cv garante força e suavidade para longas viagens.
Durante muitos anos, Roberto dirigiu o Imperial em Miami e Fort Lauderdale. Assim, o carro ficou associado à música “Festa de Arromba” e ao estilo de vida glamouroso da Jovem Guarda. Com linhas imponentes e cromados brilhantes, o conversível ainda transmite prestígio e nostalgia.

Cadillac Eldorado: o símbolo da Jovem Guarda
Entre os carros do Rei, o Cadillac Eldorado vermelho ocupa lugar especial. O modelo ficou eternizado com a música “Cadillac” e representa o auge da sofisticação americana. Equipado com motor V8 6.4 litros de 340 cv e câmbio automático, ele oferece conforto e imponência.
O Eldorado também ganhou destaque em eventos e capas de discos. Assim, ultrapassou o papel de simples automóvel e virou ícone cultural. Para muitos fãs, ele resume o espírito de liberdade e glamour que marcou a Jovem Guarda.

Lamborghini Gallardo
Com o Lamborghini Gallardo, Roberto mostra que sua coleção também olha para o futuro. Produzido entre 2003 e 2013, o modelo traz motor V10 de até 570 cv. Graças a ele, acelera de 0 a 100 km/h em 4 segundos e passa dos 300 km/h. Além disso, conta com tração integral e câmbio de seis marchas.
O design agressivo contrasta com as linhas suaves dos clássicos que o Rei possui. Mesmo assim, o Gallardo encontrou espaço em sua garagem. Em um momento marcante, Roberto apareceu com um Gallardo branco no Porto de Santos, unindo modernidade e ousadia à tradição de sua coleção.

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